A dor constante. A rigidez matinal. A exaustão que não passa. A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crónica e autoimune que afeta sobretudo as articulações, mas cujas consequências ultrapassam largamente o corpo físico. Este 5 de abril, Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatoide, é mais do que uma data no calendário: é um convite à empatia, à escuta e à ação.

Em Portugal, milhares de pessoas vivem com AR – muitas vezes em silêncio. Esta doença pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum entre os 30 e os 60 anos, afetando maioritariamente mulheres. Não tem cura, mas os avanços terapêuticos permitem hoje controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e melhorar significativamente a qualidade de vida. Contudo, o diagnóstico precoce e o acesso rápido a tratamentos adequados continuam a ser grandes desafios.

Neste dia, importa lembrar que o impacto da artrite reumatoide vai além da dor física. Afeta a vida profissional, limita a autonomia, põe à prova a saúde mental e exige uma força invisível que nem sempre é reconhecida. Por isso, é fundamental continuar a sensibilizar a sociedade, a apoiar a investigação, a garantir cuidados de saúde integrados e a promover políticas públicas que protejam os direitos das pessoas com doenças crónicas.

Celebrar este dia é também celebrar a resiliência dos doentes, a dedicação dos profissionais de saúde, o apoio das famílias e das associações que, todos os dias, fazem a diferença.

Que este seja um dia para ouvir, para compreender e para agir. Porque viver com artrite reumatoide não é apenas suportar a dor — é aprender a transformar cada limitação num novo começo.

APM