Se os novos desafios do trabalho confirmam uma exigência cada vez maior para a generalidade dos trabalhadores, a exigência do trabalho e os contextos desafiantes, a nível físico e emocional, em que este é desenvolvido, é ainda maior para os profissionais das instituições do setor social.

É por sabermos isto que o acordo alcançado entre os sindicatos e a APM-RedeMut, relativo ao Contrato Coletivo de Trabalho, que vai envolver todas as associações mutualistas desta rede, foi para a UMNSC, e para mim em particular, motivo de grande orgulho e satisfação.

Desde que tomámos posse, enquanto responsáveis da UMNSC, procurámos capacitar e valorizar os trabalhadores da nossa instituição, não só através da formação, mas também do envolvimento de todos em processos eficientes, que resultam de práticas de gestão racionais, e de um empowerment crescente, que deve levar todos a desenvolver o seu trabalho em consonância com a missão da instituição e de acordo com as expectativas dos utentes que servimos.

A UMNSC tem conseguido sempre reinventar-se e tem sabido encontrar resposta para as necessidades que se manifestam na comunidade ao longo do seu percurso. Hoje, a sua intervenção concretiza-se em mais de uma dúzia de valências, que vão desde a infância ao idoso e que cruzam áreas como as da educação, da saúde e do apoio social.

Para além de resultar da visão dos responsáveis da instituição, todo o percurso e crescente capacidade de resposta da UMNSC deve muito ao empenho e dedicação dos trabalhadores desta casa para com os mais de um milhar de utentes e clientes que a UMNSC serve diariamente.

O Contrato Coletivo de Trabalho vai abranger 25 mutualistas de todo o país e cerca de mil trabalhadores, que passam a contar com um quadro jurídico laboral claro, estabilizado e perfeitamente definido.

Este Contrato Coletivo de Trabalho é um garante, por parte das associações mutualistas desta rede, de respeito pelos direitos dos seus trabalhadores e uma medida que vai contribuir para um ambiente laboral justo e em que todos sabem com o que podem contar.

Esta convenção é para as instituições um desafio acrescido, mas deve por todos, instituições e trabalhadores, ser assumido com a responsabilidade de que a ambos cabem não apenas direitos, mas também deveres. Uma responsabilidade que, em primeira linha, deve ser assumida perante os utentes destas instituições, que são, na verdade, a razão de ser da sua existência.

No ano em que em Portugal se vão comemorar os 50 anos do 25 de abril, esta medida é também uma forma de cumprir abril, não só através do respeito pelos trabalhadores, mas também pela procura de uma sociedade mais justa, resiliente e igualitária, para a qual o setor social contribui de forma determinante.

Pedro Santos – Presidente do Conselho de Administração da UMNSC

APM