Na passada segunda feira, dia 31 de julho, a delegação da APM-RedeMut reuniu com o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que se mostrou inteiramente disponível para estabelecer um quadro amplo de cooperação com as Mutualidades.

O Ministro reconheceu o importante papel do setor da economia social na saúde, em especial, os cuidados de saúde humanizados que as Mutualidades prestam aos associados, mas também à população em geral, por força das convenções e protocolos celebrados com o Estado, e afirmou ter abertura para testar projetos piloto que promovam parcerias publico-sociais nas áreas da saúde.
Reconheceu abertamente que os prestadores de saúde do setor social são aliados do SNS que garantem o acesso, em tempo útil, a cuidados de saúde de qualidade, que podem auxiliar o sistema público de saúde no seu objetivo central de dar resposta à política de saúde e garantir o acesso universal aos cuidados. É, assim, expectável que o quadro global de cooperação que vier a ser implementado possa envolver as Mutualidades na resolução de várias questões na área da saúde, nomeadamente:
- no combate ao número crescente de utentes sem médico de família, nos territórios com maiores necessidades, designadamente Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve;
- na prestação de cuidados de saúde nas Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas;
- na redução do tempo médio de espera por uma consulta hospitalar com origem nos cuidados de saúde primários, garantindo o acesso a consultas de especialidade médica referenciadas pelos centros de saúde, ajudando, deste modo, a diminuir o tempo de espera por uma 1º consulta de especialidade.
Ficou também o compromisso do Ministério estabelecer um quadro normativo mais amplo para o setor que, reconhecendo o seu papel fundamental na prestação de cuidados preventivos, curativos e de reabilitação, fixe as regras de prescrição de receituário e de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, bem como a organização e funcionamento das respetivas unidades clinicas e a interoperabilidade dos dados de saúde gerados pelo setor, permitindo a execução do Regulamento do Espaço Europeu de Dados de Saúde No final da reunião, a Presidente da APM-RedeMut, Paula Roseira, afirmou ter sido dado um passo muito importante junto da Tutela da área da saúde que, além de reconhecer a importância da ação desenvolvida pelas Mutualidades nesta área, está empenhada na promoção de sinergias que o envolvimento destas entidades na resolução dos problemas da saúde garante.
Sobre a APM-RedeMut
A APM-RedeMut – Associação Portuguesa de Mutualidades é uma organização de 2º grau que representa 23 das maiores associações mutualistas* que, no seu conjunto, representam quase 800 mil associados e mais 1500 colaboradores.
Segundo dados do mais recente observatório mutualista, no âmbito dos cuidados de saúde prestados pela RedeMut, em 2018, foram efetuados 195.931 consultas médicas; 2.165 atos de medicina alternativa, 38.522 atos de enfermagem, 399.278 exames complementares de diagnóstico e terapêutica e 2.367 intervenções cirúrgicas nos 4 blocos operatórios das 2 Unidades Hospitalares com Internamento da RedeMut.
As associadas da APM deram respostas sociais a quase 4 mil utentes, entre os quais 1651 famílias e comunidade no geral, 614 crianças e jovens (creches, pré-escolares e ATL), 929 pessoas idosas (ERPI e centros de dia) e 54 pessoas vítimas de violência doméstica.
*Associações Participantes da APM – RedeMut: Benéfica e Previdente, Beneficência Familiar, Lacobrigense, Mutualidade da Moita, Previdência Portuguesa, Vilanovense, CSC – ASMECL, ASM Ponta Delgada, Montepio Nossa Senhora da Nazaré, Montepio Geral – Associação Mutualista, ASM João de Deus, União Mutualista N.S da Conceição, Montepio Abrantino, Mutualidade Popular, Montepio Rainha D. Leonor, Casa da Imprensa, ASM 4 de setembro de 1862, Associação Mutualista Freguesia de Vilar, MONAF, MUSSOC, AME Associação Mutualista dos Engenheiros, Lutuosa de Portugal, ASM Fúnebre Familiar de Ambos os Sexos de Pedroso.